terça-feira, 16 de março de 2010

O amor... segundo, Arnaldo Jabour



"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes
teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia,
por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada,
veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referênciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá,
ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante.
Então, é que ela tem um jeito de sorrir que deixa-o imobilizado,
o beijo dela é viciante, você adora brigar com ela
e ela adora implicar com você.
Amar não requer conhecimento prévio.
Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível".

(Arnaldo Jabour)

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